RAZÃO EM COISA ALGUMA
Faz frio, mas é diferente. É uma falta grande e doída, mas cheia de certezas. Ou, quem sabe, há razão nelas. Ou uma busca. Um dia pensei que o amor fosse absoluto e pleno, e tudo pusesse me dar, nos dar. Ledo engano! Gostar é bom, é bonito, talvez seja poeta, vire música, serenata e mesa de bar, (ou quase sempre, pelo menos...), mas não é o suficiente. Triste, não? Dá vontade de espernear, protestar, chorar alto, provar o não. Pura negação. Com o tempo e os dias vividos, trocados, doados, perdidos, muitas vezes traídos, sou obrigada a renunciar à esperança, à fé no amor. Hora de aceitar: não vim, não estou posta para amares. Nem amores. Waste of time. A razão é, sim, inegável! Não gasto, não gastarei mais força alguma para provar o contrário, e piorar tudo. Basta olhar onde se está. São as horas, ou os cabelos desarrumados? É a falta de sono, ou o amor nunca passou por mim? Ou pousou, sim, até demais, mas era pouco, tão pouquinho, que levou consigo vento, esse...