Postagens

Mostrando postagens de 2011

Cadê você, Zé?!

Vim pensando o dia todo num fragmento. Um daqueles bem bonitos, de enciumar amigos antigos, tipo piropos que choram em shows de Guilherme Arantes. Amigas saudosas, agora de família, que talvez não entendam de onde vem tanta afinidade. Há pouco tempo! Quiçá um amigo novo, amiga nova, embora já conhecidos. Ela é de escritos bons, mas não alcança o que, de fato, vejo em ti. Minha visão... se lembra daquela blusa sem graça, daquela moça sem brincos, óculos de grau? Como pode ser tão bonita e querer se esconder desse jeito? Por que eras assim? (Eras?!) nos demos de cara. Cadê o tempo? Relative-se! E, dali a pouco, batidas naquele apartamento. Flagrantes, pois vou contigo aonde fores. Ainda que seja um caminho ruim. Sabemos disso. E, um pouco antes: Adri a se preocupar com livros e presentes. Quem é essa que te rouba a atenção, que fala mais de Chico do que eu? E quando a gente se encontra, ninguém gosta mais dele do que nós. Com você eu divido. Um pouco só, que fique claro... Me dei conta d
Ah, ainda posso ver a lua à noite? Sim, porque se for inverno, há que se esperar um pouco. Não se vê noites tão frias por aqui, essa quentura tira toda a sua beleza. Bem podia ser lua cheia daqui a um tempo, quando daquela viagem bem paga. Nesse dia, eu poderia ler meus versos felizes pra você. Mas não. Será nova. E não cabem boas lembranças em mortes de lua. Apenas reflitamos nossas luzes no mar. Haverá um? Haverá nós? Sim, enquanto em mim restar um sono, um suspiro, o desejo e a lembrança esperançosa de tempo bom. Essa aí sou eu, devaneios de outrora. Quiçá houvesse tempo para coisas sem fim, mas o hoje é de felicidade. Combina com a lua de ontem, crescente, quase maré cheia, pra depois maré de escuro. Eu não escureço nem encendeio, apenas olho. Saudade é coisa de tempestade. Calmaria e ternura é a minha casa agora... 14.07.2011.

VONTADE

Estava a pensar, a lembrar daquela mensagem de hoje à tarde. Alguma coisa na televisão sobre Siribinha, você me avisa. Pra quê? Já faz tempo que não nos vemos. Pra você, um mês. Pra mim, centenas, infinitas noites, intermináveis dias à espera de presenças suas. Enquanto tento entender os porquês que não têm resposta, e ainda decidindo qual o meu estado de espírito pós-sms, você me liga. – Oi! E aí? – E aí?! Como assim, “e aí”?! Olhe, seu filho da puta,... vá tomar no cu e não me ligue nunca mais. Eu te odeio tanto por ter sumido esse tempo todo, por quase me enlouquecer de saudade e sem notícias... Como é que você me vem cumprimentar como se nada tivesse acontecido?! Como se fôssemos “coleguinhas”? Acaso ficou maluco? Eu não quero a sua amizade, eu não quero a sua compaixão, eu não quero o seu telefonema espaçado! Vá pra casa do caralho, que é o seu lugar... – Ah, você tá pensando o quê?! Eu aqui, entre os seus, fotos e cheiros espalhados por todo canto, esse povo a olhar e a pergunta

NOSSOS

Da moradia da saudade Meu passado repousava sagrado Mas eu o encontrei Surgiram lembranças decoradas do dia que nos vimos pela primeira vez Mas me descobri homem sem face sem corpo sem gosto E o passado sangrou E me pôs face a face com meus erros Meus acertos Minhas mágoas E minhas felicidades vãs Quem há de dizer que não fui boa? Quem poderá pensar que não foi bom? Ainda que não tenha havido orgasmos múltiplos Algum prazer há de ter sido Valido Válido Era pra ser um mero fragmento não correspondido Nunca quis esquecer aquela rua, aquela casa aquele amor Tudo é uma questão de templo embora algumas lembranças nunca sumam (...) Daria pra fazer um mosaico Desses bem coloridos, Da nossa história? Um dia desses vi um filme Tive um sonho Não via o seu rosto, nem as suas cores Mas era você A me beijar E a me dizer mentiras sutis Poderei eu te ver pelos vidrilhos embaciados? Amantes como nós São mais comuns Do que teclados quebrados Jogados no lixo. Mais comuns do que marketing de nicho, E, m

SÓ MEUS

Olá! Parece que perdi as horas. Perdi o tempo. É você mesmo?! Ou algum dos seus falaciosos heterônimos? Desculpe, há mágoa, sim, e muita dúvida. Jamais poderei me reportar a ti sem pesar, sem pensar nas agruras e saudades de outrora. Eu é que te peço, porém: não me leve a mal, meus escritos já não são tão doces. Agora uso adoçante pra tudo, e chocolates e caramelos não me envaidecem mais. Não nos vemos mais, é fato, e estamos diferentes. Quando se perdem horas, se vão com elas boas lembranças. Mas não me lamento, nem sinto pena. Talvez um dia acredite na sua sinceridade. A nova ou a velha? Verdade ou mentira? Amor... Ainda há amor em nós? Onde está, que não o vejo? Desejo... (...) Meu bem Quisera eu poder transpor o limiar Das palavras E ver, além de certezas, dúvidas Amor, poderia ver Viver horas, vidas Em falas, Dizerem sem fim Tudo-nada, mundos de vazios Metáforas metonímias de um sentimento meramente poético Alimento de ego. Coração, Poderia eu, uma vez mais te chamar assim? Ah,

Por ora...

Dizem que esse é o meu melhor texto... Talvez. Embora ficcional, a vontade de que seja verdadeiro perdura. Ah, pudera eu amar e ser amada assim! Serei, então, nos meus sonhos, na minha poesia livre e na minha saudade. No mês de aniversário, por que não libertar o amor e a poesia e acreditar unm pouco mais?! Desde a nossa última fuga, tenho vivido a sonhar cores e formas que venham de nós. Me vejo a solfejar suspiros e a ensaiar fragmentos, pois cá estou, deslumbrada com aquilo que, diríamos, não poderia ter acontecido. Meu Amor, quisera o universo que nos uníssemos nessa incontestável aventura, cheia de quintais, paredes geladas, quartos seguidos de escadas, libidos, violões, tremores e ais. E esse mesmo universo que presentemente nos desune, me faz a mais realizada e plena das humildes, porque só a quente lembrança do tenro e furtivo inverno já me garante o mais profundo e perfeito calor. Emoção, eis que agora, logo agora, só me reconheço em ti. Me conheço cada vez menos. Logo eu, que