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Meu nada novo ano ou eu gostava mais da gente antes

Eu gostava mais da gente quando eu podia te contar tudo. E quando a saudade era só um lapso, um "até mais" passageiro. Sem até breve. Ia te dizer do meu hoje, e saber do seu ontem, nessa troca tão cúmplice, tão nossa, tão da vida e da rotina. Eu pensava que era pra ser, que era pra sempre. Que era coisa de um, que o tempo não mais nos diria nada, porque tudo já estava tão dito e feito, e a vida já tinha encontrado o seu lugar, eixo sobre eixo. Acho que me enganei. Calculei, calculamos mal. Agora que desandou, está tudo uma merda, e eu estou bem perdida, eu não sei o que fazer, o que dizer, o que pensar. Me perco em vontades e pensamentos. O que mais posso te dizer?! De repente abriu um buraco, um abismo, e eu nem te conheço mais; balanço a cabeça, pois quis o mundo cair em cima de mim, justamente agora, no meio desse céu. Te levar, justo você, e deixar esse outro aí. Cadê João? Ou então, eu enlouqueci. Quando nada foi real, você nunca existiu, eu me joguei demais e caí. E ago

tem um João no meu Natal

Hey, lindo... Deixa eu te falar... Nesses dias, nossos dias, em que pude partilhar um pouco da vida contigo, me vi em um novo lugar. De repente, conheci uma parceria, um cuidado e uma troca tão lindas e tão a nossa cara e do nosso jeito, que eu não tenho muito o que dizer além de agradecer. Gratidão é a palavra do ano, e ela é toda pra você. Sou muito grata ao universo por termos nos reencontrado, e por acordar e me pegar pensando, cheia de sorrisos, em todos os beijos e carinhos. Nos meus dedos nos seus cachinhos, na sua barba grande e no seu bigode. Até quando vou pentear meu cabelo, e vejo esse dread meio embolado, volto no tempo e fico rindo, lembrando, como se fosse hoje, das nossas conversas, cheias de intimidade e amor. Porque, no meu hoje, você está em tudo. Está todo em mim. Às vezes nem acredito que temos um ao outro, seja no nosso café da manhã, na nossa cama partilhada, ora junto, ora separado, nas nossas séries desencontradas, na nossa comidinha de domingo, nas nossas madr
Cantiga de amigo. Minha música nova. A que eu não me canso de repetir, a primeira e mais linda, da interminável e incerta da lista das dez mais. Das nossas afinidades e boas novas madrigais, te trago em brincadeiras e afagos. Uma canção na vez de cada, vê se não ri das minhas escolhas, e eu prometo ouvir os seus barulhos e ruídos. Onde estava você, com esse número tão exato, tão meu? A gente se encaixa tanto um no outro... Você cabe todo em mim. É a cereja do meu bolo. Minha melhor bagunça. E é por essas e outras que eu estou toda neste aqui. Cabendo inteira no nosso agora. Contigo, chegam saudades antigas e cheias de luas diferentes. resistentes. Militantes. Tenho vontade de viajar no tempo, só pra te olhar na minha meninice, e ter que te ver de novo nos braços daquela amiga. Esquece essa parte. Juro, dessa vez não te esqueço. Te trago aqui, e te guardo nesse querer bem, que já leva um tanto, e vem de uma outra época, de uma outra vida. Saiba. Te escondi, e ninguém sabia. Afinal,

Brechó

Brechó Este blusão que me coube tão bem no verão passado não me cabe mais Mangas puídas Bolsos ampulhetas Pedaços de você Eu não quero guardar mais nada Sorrisos, retratos, Tardes ensolaradas Insultos não proferidos Agora coração murado Feito filmes da Disney E o velho relógio parado derrete Ponteiros de amores perdidos Maldita herança do meu avô. Aion e Gilda, 19.05.2014

Alagoinhas

Domingo na medida Boa pedida Para corações enfartados e moribundos Para vidas remendadas Cerveja gelada, brindes a nada Beijo usurpado Raios urgentes Perdemos o viaduto Saída de emergência Volantes para lugar algum Tudo é sempre muito Engana-se! Até dói Não há nenhum coração rendido. Gilda e Aion, 19.05.2014

Escolha das flores

Meu coração oscila. Minha emoção me expõe, minha razão me martiriza. Hesito. Eu, agora, quero coisas demais, e sigo em conflito, porque não há como desenhar, nem há de ser pra sempre, eu sei. De tudo, preciso fazer escolhas, mas são poucas flechas para tantos dedos, tantos futuros, todo o amanhã. Feliz! Ganhei surpresas, mas, o que dei? Amanheço pensando em ti. Sorrio de quando em vez. Eu cuidarei de todas as flores, meu bem. Agora, é esquecer. No teu abraço, passou. Gilda, 29.04.14.

Sobre leis

Há um quê qualquer E vem de nome e sobrenome senti Dou vontades e espelhos Espera. Mas essa não é velha essa não é vã Agora, é toda sua Eu que o diga! Tem mais, muito mais de onde veio De onde vim Engata a primeira, agora é só soltar a mão Ou não? Não era a polícia nem nada Era uma loucura logo ali Não me olhe, nem susto deu Tremi. E foi, mas houve quem dissesse era pra ter sido nu Era pra ter sido Ontem. Ah, tudo bem, temos os sábados Temos ainda a música E tu, meu bem, Por que levaste a minha lei? Acredite. Nem maio é ainda. Gilda. 25.04.14.