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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

VONTADE

Estava a pensar, a lembrar daquela mensagem de hoje à tarde. Alguma coisa na televisão sobre Siribinha, você me avisa. Pra quê? Já faz tempo que não nos vemos. Pra você, um mês. Pra mim, centenas, infinitas noites, intermináveis dias à espera de presenças suas. Enquanto tento entender os porquês que não têm resposta, e ainda decidindo qual o meu estado de espírito pós-sms, você me liga. – Oi! E aí? – E aí?! Como assim, “e aí”?! Olhe, seu filho da puta,... vá tomar no cu e não me ligue nunca mais. Eu te odeio tanto por ter sumido esse tempo todo, por quase me enlouquecer de saudade e sem notícias... Como é que você me vem cumprimentar como se nada tivesse acontecido?! Como se fôssemos “coleguinhas”? Acaso ficou maluco? Eu não quero a sua amizade, eu não quero a sua compaixão, eu não quero o seu telefonema espaçado! Vá pra casa do caralho, que é o seu lugar... – Ah, você tá pensando o quê?! Eu aqui, entre os seus, fotos e cheiros espalhados por todo canto, esse povo a olhar e a pergunta

NOSSOS

Da moradia da saudade Meu passado repousava sagrado Mas eu o encontrei Surgiram lembranças decoradas do dia que nos vimos pela primeira vez Mas me descobri homem sem face sem corpo sem gosto E o passado sangrou E me pôs face a face com meus erros Meus acertos Minhas mágoas E minhas felicidades vãs Quem há de dizer que não fui boa? Quem poderá pensar que não foi bom? Ainda que não tenha havido orgasmos múltiplos Algum prazer há de ter sido Valido Válido Era pra ser um mero fragmento não correspondido Nunca quis esquecer aquela rua, aquela casa aquele amor Tudo é uma questão de templo embora algumas lembranças nunca sumam (...) Daria pra fazer um mosaico Desses bem coloridos, Da nossa história? Um dia desses vi um filme Tive um sonho Não via o seu rosto, nem as suas cores Mas era você A me beijar E a me dizer mentiras sutis Poderei eu te ver pelos vidrilhos embaciados? Amantes como nós São mais comuns Do que teclados quebrados Jogados no lixo. Mais comuns do que marketing de nicho, E, m

SÓ MEUS

Olá! Parece que perdi as horas. Perdi o tempo. É você mesmo?! Ou algum dos seus falaciosos heterônimos? Desculpe, há mágoa, sim, e muita dúvida. Jamais poderei me reportar a ti sem pesar, sem pensar nas agruras e saudades de outrora. Eu é que te peço, porém: não me leve a mal, meus escritos já não são tão doces. Agora uso adoçante pra tudo, e chocolates e caramelos não me envaidecem mais. Não nos vemos mais, é fato, e estamos diferentes. Quando se perdem horas, se vão com elas boas lembranças. Mas não me lamento, nem sinto pena. Talvez um dia acredite na sua sinceridade. A nova ou a velha? Verdade ou mentira? Amor... Ainda há amor em nós? Onde está, que não o vejo? Desejo... (...) Meu bem Quisera eu poder transpor o limiar Das palavras E ver, além de certezas, dúvidas Amor, poderia ver Viver horas, vidas Em falas, Dizerem sem fim Tudo-nada, mundos de vazios Metáforas metonímias de um sentimento meramente poético Alimento de ego. Coração, Poderia eu, uma vez mais te chamar assim? Ah,