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Mostrando postagens de dezembro, 2010

It's just an e-mail

Eu te amo. E é uma pena, pra mim, ainda cultivar esse sentimento. Claro, há muito que vangloriar e sorrir. Mas hoje, há muito que lamentar. Lamento, então, toda a minha Saudade, Essa, com S maiúsculo, porque é ímpar, singular, peculiar. Eterna. Lamento toda a minha mágoa, que, por mais que tente, não consigo deixar passar. Você não passa. Renova-se a cada dia, a cada sonho, pesadelo à noite acordada. Lamento a minha tristeza de hoje. E de ontem, e do dia em que brindei os sete por três dias, e de você não tive nem a lembrança da nossa data. Lamento minha inveja, ao te ver sorrir, comprar brinquedos novos, brindar amores que não o nosso. Invejo as suas más companhias, porque não sou eu a estar te mal acompanhando. Lamento a minha raiva, a minha vontade de não te ouvir, não te atender, não te ver, não te querer. E imediatamente querer enlouquecidamente um segundo, que seja, de você. Lamento minha vontade. Ela é só minha, não vejo nada vindo de você. Pronto, virei o próprio muro das lamen

Para Musa

Vou te contar numa manhã de sol Que serei tua Contar a ti, a eles, a todos Que de todos os olhos os teus negros Me tomam e me levam longe E o teu riso tímido avisa Junto às formas todas Delicadamente traçadas A hora de parar E por que parar, se em ti me vejo tanto E não há o que temer Nem por que ir Não se deixa o infindo O inédito O surpreendentemente gostoso E lindo Descobrir, invadir a casa no banhar, E achar no recôndito quarto o despertar Do ser na varanda sol nascente, Celeste coloridamente melanciado à espera da degustação dos caroços Pingados em pernas cruzadas revelando o escondido O que me faz parar me faz partir Vejo tanto de ti em mim Temo a dor, o amar E assim por que não sei... Infinitamente desejarei o inédito O gostoso prazer de imaginar O ali, aqui, aí... (Em ordem de confusões) Zelina, Thais, Vinícius, Bibo. 04 dez. 2010.

Fragmento abertura do verão

O verão começou. Não é 2006, mas está tudo lindo e tudo certo como dois mais dois são cinco, e, enquanto isso... Estamos aqui, tomando uma breja para celebrar a estação do pecado. Desfrutar das tentações que nossa Bahia maravilhosa tem a nos oferecer, curtindo cada minuto como se fosse o último. E verão rima com Bahia. Que rima com delícias, feijão da Adelaide na Band, aquele jazz alemão-português, táxis e mais táxis de bares fechados, e mais dia e noite de abertura. Sem fechar. E é tanto, tanto que nem se pode pensar. É pecado e calor, é agonia e vento nos cabelos, bocas e bocas, e frio, e torpor. É isso, e eu nem quero pensar. Vamos fazer! Vamos estar aqui, e lá, e acolá numa frêmita extasia de buscar o que um dia foi saudade do que não foi... guardar pés alquebrados, banhados em barras madrigais que te afogam sem mar, ar... Então, o samba se faz presente, sempre, agora... ele te faz sorrir, esquecer, na verdade aquecer a lembrança do que foi vivido, o degustar do presente e o sabor