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Mostrando postagens de janeiro, 2013

CONTAS

Um dia eu queria deixar de contar suas placas. Frejat me lembra tanto você... Nao me procure, nao se preocupe. Me ache logo. Não é nada, é só o amor me lembrando mais, todos os dias, da minha louca saudade. Saudade de que, me perguntam. Ah, de toda emoção, de toda beleza de ter um dia, daqueles sem voz, coçantes, alérgicos e insones, dia morno de rotina, ser salvo por uma menção, um reconhecimento admirável. Passei a ser toda sorrisos! É, eu acho louvável ser lembrada, ser vista em seus olhos. Foi muito ver emoção em leituras de segredos. Saiba, são todos seus. Pouco seria não rir após ter a certeza de que ainda resido, me escondo, me vou, sou um tantinho em você. Conselhos, projetos, personagens. Quem sabe amanhã? Amanhã... E me arrependo, nessas horas, de querer deixar de contar. E haja noves, e haja zeros. Isso não terá, não tem como ir. Alguém me empresta uma calculadora? Gilda.

Coisas

Para que não me vejas apenas amarga, sem alma. Ainda há. Se houvesse algum espaço nesse vão vazio imenso de nós, eu te diria dos amores que nunca se foram, e que voam, dos meus, para ti, só para ti. Tudo é em uma direção, e é a sua. Somente para sua sombra que ainda sigo, meu bem. É muito calor, é tanta saudade, não há como dormir. Nem os remédios, nem o Sono me deixam. Por isso, escrevo-te mais uma vez. Não é nada, é só o meu amor querendo te dizer, baixinho, uma última vez, uma vez mais: te amo. Gilda.

Vida e Morte

A gente faz poesia como quem vive Por vida, pelo belo, pelo amor, pelo sublime. Tudo, o tempo todo, a todo o tempo. Dorme, come, respira, transa, Briga, bebe e sonha poesia. Às vezes, de fato, de nada se tem vontade. E só ela, nossa, toda, bela, Nos completa, nos invade, nos alimenta. Com suas metáforas, metonímias, cataclismas linguísticos. Vamos nos enchendo e enchendo a tudo de poesia... E, se ímpetos de partida nos acomete, A gente faz poesia como quem morre.

Negação

 Esses dois últimos anos não existiram. O Rio foi só meu, as fotos são todas minhas. Do meu luto, da minha saudade, cuido eu. O penseiro também não se foi, porque ele está muito presente em tudo, e o movimento é sempre constante, continua, muitas vezes, partindo dele. Hoje mesmo, me vi, Zé, pensando, com você, como seria o meu dia sem ele. Muita coisa não teria existido, concebido, se perdido, se achado equivocadamente. Eu estou feia de errares. Mas não estou, porque não existiu, nunca. Estou realmente muito puta de mentiras. Então, meu caro, isso não existiu, e eu quero minhas cores e minhas dores de antes. Eu não quero aquela despedida com samba, eu nunca ouvi aquela cuíca tão linda, e eu nunca te vi chorar, Dog. Eu também prefiro ver Stella Maris abrindo o verão, com Josi no céu e nós na rede, lavando a alma e os fígados. Meu coração seguindo uma busca, um amor, uma saudade de tanto tempo. Eu vi um reggae dos quatro, não vá ainda antes que eu chegue aos cinco. Aquela

Unlove

Eu nunca quis tão e tanto ficar sozinha como agora, tenho raiva de gente, desaprendi sorrisos. Exausta de ser bem quista, gente boa, bons conselhos. Quero me esconder, muito, quisera houvesse um jeito de ficar invisível, não do tipo amanda, "eu só existo pra te fazer feliz". Não, isso não. Cansei de existir, quero ficar só comigo mesma, estou farta das condolências alheias, mainha, por favor, me deixe! Por isso os óculos escuros me caem, me cairão tão bem. Tenho que sair, tenho que correr, me escondo, impossível não ser vista. Minhas lágrimas não são sociais, choro, sim, porque acho bonito, acho maravilhoso, não está vendo que estou ótima, bem, claro, quem não está?! Não, não quero barrinha de cereal, quero silêncio, minto, obrigada. Preferia que não me vissem, ninguém gosta de gente triste, parei de compartilhar minhas dores. Não é por isso que eu choro, nem é por você. Ontem, desesperada, perguntei pelo amor. Entrei pela porta, procurando o amor. Tinha saído pela jan

Rotina

Dormi mal. Acordo com sono ainda, não fiz almoço, não deu tempo, bebe água, Jérssica! Tá melhor? Ai, que frango cheiroso, queria, mas... tenho que correr! E o natal? E o carnaval em Natal? Preciso comprar passagens. Lavo ou não lavo o cabelo? Estou atrasada, sempre atrasada, nenhuma roupa me cabe, essas meias estão sujas, as minhas são mais grossas. Cabelo lavado, vinte minutos, não tenho tudo isso, vixe, acabou o reparador, meu cabelo vai ficar um cu. O bus sai 12h, tenho que correr! Será que Cris vai? Tchau, Jérssica! Corpo todo doído, eu não aguento nem uma caminhada, dez voltas andando, uma meia correndo, e eu, toda entrevada hoje, vai doer pra subir arquitetura, doeu pra descer a Poli. Nossa, que calor, que calor! Dá pra ver uma pontinha do mar, mas o céu está meio embassado, como naqueles dias de Ilha do Governador, tempos atrás, gosto mais quando está bem azul, preciso prender o cabelo, mas esqueci, ou não lembrei, Zelina não me deixa dormir, mil dúvidas de inglês, não sou

ESPERA

Se um dia você for embora E, se for, não me avise Se voltar, faça festa Não aguento esperar Preciso de paz De amor Pra que fingir? Ah, amor... Sejamos um, sejamos dignos Façamos algo E cadê o certo? Não sei Ainda busco Quando aparecer, me avise Aguento surpresas Não quero paixões Não tenho quereres Me deixe Mas não se vá Não me surpreenda Chega disso Sejamos Siga você. Gilda, 07.01.13