Cantiga de amigo. Minha música nova.
A que eu não me canso de repetir, a primeira e mais linda, da interminável e incerta da lista das dez mais.
Das nossas afinidades e boas novas madrigais, te trago em brincadeiras e afagos. Uma canção na vez de cada, vê se não ri das minhas escolhas, e eu prometo ouvir os seus barulhos e ruídos.
Onde estava você, com esse número tão exato, tão meu? A gente se encaixa tanto um no outro... Você cabe todo em mim. É a cereja do meu bolo. Minha melhor bagunça. E é por essas e outras que eu estou toda neste aqui. Cabendo inteira no nosso agora.
Contigo, chegam saudades antigas e cheias de luas diferentes. resistentes. Militantes. Tenho vontade de viajar no tempo, só pra te olhar na minha meninice, e ter que te ver de novo nos braços daquela amiga. Esquece essa parte. Juro, dessa vez não te esqueço. Te trago aqui, e te guardo nesse querer bem, que já leva um tanto, e vem de uma outra época, de uma outra vida.
Saiba. Te escondi, e ninguém sabia. Afinal, quem trouxe quem?
Se as confissões só valem no escancaro, aqui estou. Disso eu me lembro bem. Do seu nome, nunca esqueci. Eu te reconheceria em qualquer lugar do mundo, João.
No meu verbo tem o seu beijo, esse desejo quente de te comer, te lamber, te esconder e te achar no cheiro de mato, comidinha com pão, preguiça nos colchões e segredos nos sofás. E nas nossas janelas e afins. A gente sempre dá um jeito.
E agora, que nos trouxemos até aqui, e nos achamos nesse portal chamado tempo? Nessa melodia chamada amor?
Eu já sabia. Era você a minha cantiga.
É sua a nossa nova música.
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