Para Musa

Vou te contar numa manhã de sol
Que serei tua
Contar a ti, a eles, a todos
Que de todos os olhos os teus negros
Me tomam e me levam longe

E o teu riso tímido avisa
Junto às formas todas
Delicadamente traçadas
A hora de parar

E por que parar, se em ti me vejo tanto
E não há o que temer
Nem por que ir
Não se deixa o infindo
O inédito
O surpreendentemente gostoso
E lindo

Descobrir, invadir a casa no banhar,
E achar no recôndito quarto o despertar
Do ser na varanda sol nascente,
Celeste coloridamente melanciado à espera da degustação dos caroços
Pingados em pernas cruzadas revelando o escondido

O que me faz parar me faz partir
Vejo tanto de ti em mim
Temo a dor, o amar
E assim por que não sei...
Infinitamente desejarei o inédito
O gostoso prazer de imaginar
O ali, aqui, aí...

(Em ordem de confusões) Zelina, Thais, Vinícius, Bibo.

04 dez. 2010.

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