NOSSOS
Da moradia da saudade
Meu passado
repousava sagrado
Mas eu o encontrei
Surgiram lembranças decoradas
do dia que nos vimos pela primeira vez
Mas me descobri
homem sem face
sem corpo
sem gosto
E o passado sangrou
E me pôs face a face com meus erros
Meus acertos
Minhas mágoas
E minhas felicidades vãs
Quem há de dizer que não fui boa?
Quem poderá pensar que não foi bom?
Ainda que não tenha havido orgasmos múltiplos
Algum prazer há de ter sido
Valido
Válido
Era pra ser um mero fragmento
não correspondido
Nunca quis esquecer
aquela rua, aquela casa
aquele amor
Tudo é uma questão de templo
embora algumas lembranças nunca sumam
(...)
Daria pra fazer um mosaico
Desses bem coloridos,
Da nossa história?
Um dia desses vi um filme
Tive um sonho
Não via o seu rosto, nem as suas cores
Mas era você
A me beijar
E a me dizer mentiras sutis
Poderei eu te ver pelos vidrilhos embaciados?
Amantes como nós
São mais comuns
Do que teclados quebrados
Jogados no lixo.
Mais comuns do que marketing de nicho,
E, mais ainda, do que sensações de vazio.
Por isso sonhei assim:
Nós, no arrepio de um cachimbo de água pura,
Morrendo de rir diante da vida dura,
Apreciando velhos poetas,
Lá de cima de uma fresta
Incrustada numa
Montanha de sonhos estranhos.
Sonhei com minha poesia virada prosa,
E contigo sorrindo em covas largas,
Como se finalmente entendesse -de fato- tudo...
Me vi clarividente, surdo e mudo,
Assim gritei bem alto
O quanto pudesse eu mesmo ouvir.
Sim moça, tenho que admitir:
És linda como possa ser
O mosaico
Que nos resume.
(...)
Do AMOR E SEUS REAIS SIGNIFICADOS
Sabe, Thais,
Se é de amor que falo,
E do teu amor que não consigo entender!
E te juro,
Ninguém consegue
Pois bem sei que o que você persegue
É uma certa sensação
De amor vindo pela contra-mão,
Um amor tão excitante,
Que faz com que se levante
Dúvidas sobre
Se há sanidade, ou não.
Bendigo que sou louca
Insana, perdida
Não há como negar.
Mas, acaso não foste tu
Que creditasse toda a minha ânsia
Volúpia e incensatez?
De ti, lembro-me bem,
Vieram as palavras de amor,
Cálices sagrados, noites infindas
Lembro-me bem dos beijos sóbrios
E das verdades lúcidas
Pra não dizer das fumaças e dos dedais.
Vi ou não?
Ou então...
Não há, não hei, de entender nunca.
Não vês? Estavas tão louco quanto eu.
Quer melhor palavra para combinar com dor?...
Amor de verdade dói,
Machuca de tão gostoso que é.
Que seja um homem amando uma mulher,
Amor de pai e filho,
Amor viajante, andarilho...
Se é de amor que se quer falar,
É de amor que nunca vamos entender.
(...)
Nosso amor é louco
Sem medo
Sem pressa
Nosso amor
é incêndio
da alma e do corpo
É sonho e pecado
É vício e veneno
Castigo... destino
Nossa loucura é amor
corajosa
preguiçosa
Incerta
E, de realidade a ilusão,
De champagne a chumbinho
Nossa loucura
nos pune
E nos desune.
Meu passado
repousava sagrado
Mas eu o encontrei
Surgiram lembranças decoradas
do dia que nos vimos pela primeira vez
Mas me descobri
homem sem face
sem corpo
sem gosto
E o passado sangrou
E me pôs face a face com meus erros
Meus acertos
Minhas mágoas
E minhas felicidades vãs
Quem há de dizer que não fui boa?
Quem poderá pensar que não foi bom?
Ainda que não tenha havido orgasmos múltiplos
Algum prazer há de ter sido
Valido
Válido
Era pra ser um mero fragmento
não correspondido
Nunca quis esquecer
aquela rua, aquela casa
aquele amor
Tudo é uma questão de templo
embora algumas lembranças nunca sumam
(...)
Daria pra fazer um mosaico
Desses bem coloridos,
Da nossa história?
Um dia desses vi um filme
Tive um sonho
Não via o seu rosto, nem as suas cores
Mas era você
A me beijar
E a me dizer mentiras sutis
Poderei eu te ver pelos vidrilhos embaciados?
Amantes como nós
São mais comuns
Do que teclados quebrados
Jogados no lixo.
Mais comuns do que marketing de nicho,
E, mais ainda, do que sensações de vazio.
Por isso sonhei assim:
Nós, no arrepio de um cachimbo de água pura,
Morrendo de rir diante da vida dura,
Apreciando velhos poetas,
Lá de cima de uma fresta
Incrustada numa
Montanha de sonhos estranhos.
Sonhei com minha poesia virada prosa,
E contigo sorrindo em covas largas,
Como se finalmente entendesse -de fato- tudo...
Me vi clarividente, surdo e mudo,
Assim gritei bem alto
O quanto pudesse eu mesmo ouvir.
Sim moça, tenho que admitir:
És linda como possa ser
O mosaico
Que nos resume.
(...)
Do AMOR E SEUS REAIS SIGNIFICADOS
Sabe, Thais,
Se é de amor que falo,
E do teu amor que não consigo entender!
E te juro,
Ninguém consegue
Pois bem sei que o que você persegue
É uma certa sensação
De amor vindo pela contra-mão,
Um amor tão excitante,
Que faz com que se levante
Dúvidas sobre
Se há sanidade, ou não.
Bendigo que sou louca
Insana, perdida
Não há como negar.
Mas, acaso não foste tu
Que creditasse toda a minha ânsia
Volúpia e incensatez?
De ti, lembro-me bem,
Vieram as palavras de amor,
Cálices sagrados, noites infindas
Lembro-me bem dos beijos sóbrios
E das verdades lúcidas
Pra não dizer das fumaças e dos dedais.
Vi ou não?
Ou então...
Não há, não hei, de entender nunca.
Não vês? Estavas tão louco quanto eu.
Quer melhor palavra para combinar com dor?...
Amor de verdade dói,
Machuca de tão gostoso que é.
Que seja um homem amando uma mulher,
Amor de pai e filho,
Amor viajante, andarilho...
Se é de amor que se quer falar,
É de amor que nunca vamos entender.
(...)
Nosso amor é louco
Sem medo
Sem pressa
Nosso amor
é incêndio
da alma e do corpo
É sonho e pecado
É vício e veneno
Castigo... destino
Nossa loucura é amor
corajosa
preguiçosa
Incerta
E, de realidade a ilusão,
De champagne a chumbinho
Nossa loucura
nos pune
E nos desune.
Fiquem sem graça, nem dá pra comentar além de:
ResponderExcluirEstá lindo, claro e profundo.. assim como vc!
Adoro seus textos.
Continue a escrever, continue a escrever...
PRAZER, MEU NOME É AION PERRONE!
ResponderExcluirObs: Quero os creditos.
Deixa de ser intrometido, seu triste!
ResponderExcluir