SÓ MEUS

Olá! Parece que perdi as horas. Perdi o tempo. É você mesmo?! Ou algum dos seus falaciosos heterônimos? Desculpe, há mágoa, sim, e muita dúvida. Jamais poderei me reportar a ti sem pesar, sem pensar nas agruras e saudades de outrora. Eu é que te peço, porém: não me leve a mal, meus escritos já não são tão doces. Agora uso adoçante pra tudo, e chocolates e caramelos não me envaidecem mais.
Não nos vemos mais, é fato, e estamos diferentes. Quando se perdem horas, se vão com elas boas lembranças. Mas não me lamento, nem sinto pena. Talvez um dia acredite na sua sinceridade. A nova ou a velha? Verdade ou mentira? Amor... Ainda há amor em nós? Onde está, que não o vejo?
Desejo...

(...)

Meu bem
Quisera eu poder transpor o limiar
Das palavras
E ver, além de certezas, dúvidas
Amor, poderia ver
Viver horas, vidas
Em falas,
Dizerem sem fim
Tudo-nada, mundos de vazios
Metáforas
metonímias de um sentimento meramente
poético
Alimento de ego.
Coração,
Poderia eu, uma vez mais te chamar assim?
Ah, aqui, sim
Até a última linha
Pois, no final do verso
No seu dia,
Não haverá mais espaço para mim.

Comentários

  1. Linda, sedutora, charmosa e extremamente agradável. Mulher!
    No momento em que não mais houver espaço para o TUDO (que é muito) que há em você ou para a imensidão do que você é, terá que ser um escolha apenas sua.
    Você é quem sai, você vai, você dá os espaços ou arranca todos eles.
    Lhe tome de volta! Você é sua!
    Cuide de você!
    Só seus!

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