TARDE, JÁ É TARDE


Eu queria sentir o eterno
Não abandonar o sentimento
Fazer das escolhas
O não estar

Segundos, mecanismos de defesa
Ativar, para não perecer
Histórias de pessoas diferentes
Como, se é a mesma pessoa?

Uma história contada por quatro
Por muitos
Arranhos
Controvérsias
Contornos de um ser
Que saberia o porquê de um ligar

Um dizer
Um fazer
Não me digas, não me contes
Segredos pra quê?
Verbo imperfeito
Defeitos de um tempo
Futuro do presente
Choro
emocional
Quando perde o Amor, é o quê?
Viúva social
oficial

Eu, mulher feita, caí
Discursos pseudomaduros
Um caucho no chão

Engoli a seco aquele amor
E ouvi aquela confidência
Doeu
Mas, e amiga que sou?
Que eu era?

Então eram dois
Ou mais
O outro é um morto

Juntos, lá em Alcobaça
Vivendo e construindo lares
Praias de amores
Não sei
Caminhos, ruas, escolhas
Embaraçoso
Com ou sem tigresa
Ou mainha, neguinha
É conversa contínua
Coisa de outro tempo
Coisa de outro dia
De antárctica no balcão
Início dos fragmentos
No meio da noite,
No fim do dia.

Gilda Valente, Maria Roussoleen.
08.11.2012

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RAZÃO EM COISA ALGUMA

Coisas

Quando