Tempestade
Ah de ser,
De se fazer feliz
Algum dia
Sem chuva
Sem trovoada
E com muita estrela
Raio, corisco e trovão
Nada de nuvens de penumbras
Banais
Nem de chuviscos,
meros momentos
Desiguais
Há de vir uma torrente
Um lamento
E uma saudade
Fortes
Um amor desvairante,
desvairado
impacientemente viril
Mas não me venha agora
Com guarda-chuvas
Nem botas
ou capas
É hora de se molhar
Que venham as nuvens.
Gilda Valente, 16.02.2013
São as águas de março fechando o verão. É promessa de vida no meu coração.
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