Um indo de solitude
Pois é
no hoje, num dia de baixa
entre direções, noites de volantes,
segredos,
tentei, bem sei eu, e me mantive
longe
evitar é sempre bom
mas não quer dizer bem
Falei frases irreais, contextos de
mentira
acaso sou um lixo atômico
atônito?!
De onde, então, esses buracos
velhos,
Esses fundos
Aqueles medos?
Fé, crença, dança
isso nunca foi pra mim
Em noites altas
Sou das frustrações abobadas
de tentativas vis
sou de loucuras etílicas
dos jeitos virotescos
das amizades juvenis
Não há quem suporte
só há quem se importe
lamente
de mim, as coisas ruins
Me estranho, em horas de fendas
cálidas
dias de mentirosas, as ilusões
Por que a crença no tempo,
nas luas,
nos minutos?
Olho, cadê que me enxergo?
Nada.
Cansei, não tenho como terminar
Preciso me jogar fora
Ainda restaram pedaços,
Tenho que catar-me, desiludida.
É por aqui.
Gilda, 21.02.2013.
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